A inflação em dezembro virou assunto mais uma vez. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou em 0,62 %, após apresentar deflação de 0,68% em julho, 0,36% em agosto, 0,29% em setembro e 0,59% em outubro. Grupos de itens como os de alimentos e saúde corresponderam por mais da metade da inflação das famílias de renda muito baixa, com 0,43 ponto percentual dos 0,71% de inflação. Entre as famílias de renda alta, esses mesmos grupos correspondem a 0,21 ponto percentual dos 0,50% de inflação.

A maior pressão inflacionária no ano de 2022 vieram dos grupos correspondentes ao de alimentação e bebidas, com destaque para cereais (8,7%), farinhas e massas (22,7%), tubérculos (40,2%), frutas (24,0%), leite e derivados (22,1%), aves e ovos (7,9%) e panificados (20,6%). Para as famílias de renda muito baixa e baixa, mais da metade da inflação veio desse grupo.

Em outubro do mesmo ano, cresceram mais de 2% até dezembro. Entre os alimentos, naquele período, o destaque em alta havia ficado aos de alimentação a domicílio, que ficou 0,80% mais cara, com forte influência do aumento do preço da batata-inglesa (23,36%) e do tomate (17,63%). Outros produtos como a cebola (9,31%) e frutas (3,56%), tiveram modificação nos preços. A inflação em outubro foi o oposto de vendas em setembro de 2022.

As vendas no comércio em setembro, naquele tempo, superaram as expectativas em 1,1%, o que também superou os números no mesmo período do ano anterior (2021). Esses dados são da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), que foram divulgados nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para se ter uma ideia, nos setores de jornais, livros e revistas tiveram crescimentos de 2,5%; equipamentos para escritórios 1,7% e produtos alimentícios 1,2%.

Inflação em dezembro com queda do dólar em 2023

O dólar em 2023 mostrou queda já nas primeiras semanas de janeiro e ficou em R$ 5,18, já a bolsa teve forte alta e alcançou o nível mais alto em dois meses. Os especialistas afirmam que essa queda de valor correspondeu com a posse da ministra do Planejamento, Simone Tebet, ao anunciar o secretariado que vai compor a gestão Lula (2023-2026).

A moeda norte-americana está no menor valor desde 23 de dezembro, quando estava em R$ 5,16. Nos 11 primeiros dias de 2023, a divisa acumula queda de 1,88%.