O número de famílias endividadas no Brasil é muito alto, com 70% delas se encontrando nessa situação hoje. Inclusive, a maior causa para essa situação é o cartão de crédito, que é a modalidade preferida dos brasileiros pela facilidade no acesso. No entanto, a falta de organização financeira faz com que ele se torne um vilão, levando a altas dívidas.

A ausência de pagamento, além de fazer incidir juros altíssimos, também faz com que o consumidor tenha o seu CPF incluso nos órgãos de restrições ao crédito, como SPC e Serasa. Então, para evitar esse tipo de situação, o consumidor deve tomar atitudes para organizar a sua vida financeira, a fim de quitar os seus débitos. Uma das formas de fazer isso é trocar uma dívida cara por uma mais barata. Entenda!

Trocar uma dívida cara por uma mais barata é possível?

É possível sim trocar uma dívida cara por uma mais em conta, apesar de essa não ser uma estratégia muito usada pelas famílias brasileiras, ainda que boa parte delas esteja endividada em razão dos altos juros do cartão de crédito.

O denominado juro rotativo surge quando o cliente não paga o valor total da fatura do seu cartão de crédito. Portanto, qualquer pagamento que seja inferior ao valor da fatura, terá uma cobrança dos juros em cima do valor não pago.

Apesar de parecer uma prática inofensiva, muitos consumidores se endividam em razão dos juros rotativos que podem dobrar a cada prestação até que o cliente não tenha mais condições de efetivamente quitar o débito.

Uma das maneiras de evitar o endividamento em razão da dificuldade do pagamento, é trocar uma dívida com juros altos por uma dívida mais barata, por exemplo. Na prática, isso significa comparar outras modalidades de créditos que possam liquidar o débito caro, enquanto se gasta menos dinheiro em uma dívida de juros baixos.

Empréstimo é a opção para essa troca

Uma das principais opções para quitar o débito caro e ter mais dinheiro para chegar ao final do mês é fazer um empréstimo. Você pode até se questionar: Será que isso é realmente vantajoso? Afinal, você estará fazendo uma nova dívida.

No entanto, o empréstimo certo, com juros baixos, parcelas menores e prazo de pagamento estendido é uma excelente saída. Inclusive, essa é uma opção recomendada até mesmo por especialistas. Ora, sempre que tiver uma dívida alta, com juros absurdos, o melhor é pegar um empréstimo de taxa menor. Isso porque, tendo o dinheiro em mãos, você é capaz de negociar a dívida fazendo o pagamento à vista, o que garante um excelente desconto no débito em aberto.

Compare o Custo Efetivo Total (CET)

A ideia é trocar uma dívida mais cara por uma mais barata, certo? Logo, você deve fazer um comparativo das taxas de juros, pois o empréstimo concedido precisa ser usado para o pagamento total da dívida anterior, tendo o seu Custo Efetivo Total menor que o débito anterior.

O Custo Efetivo Total nada mais é que todas as taxas, juros e encargos da contratação do crédito, nesse caso do empréstimo. O mesmo valor de crédito pode ter um CET diferente em instituições financeiras distintas. Isso quer dizer que você pode encontrar empréstimo dos mesmos valores, porém com um contrato sendo mais em conta que outro.

Por esse motivo, é importante que o consumidor faça a verificação do Custo Efetivo Total antes de realizar a contratação do empréstimo. Afinal de contas, no momento de trocar uma dívida cara por uma mais barata, é o CET que vai apontar se vale a pena ou não pedir o empréstimo para realizar essa troca.

Requisitos para trocar uma dívida cara por uma mais barata

Para quem deseja fazer a portabilidade da dívida, vale mencionar a importância de se atentar a alguns detalhes, confira:

  • Valor real do débito – verifique o valor do débito atualizado, isso é importante para você estar ciente do saldo devedor e também para determinar uma melhor proposta para saldar o débito;
  • Entenda as condições da renegociação – após identificar o valor integral da dívida, busque os credores e entenda as condições da renegociação.

Além disso, é muito importante que você seja cuidadoso para não fazer novas dívidas. Uma dica interessante é criar uma planilha de gastos e mantê-la sempre atualizada. Desse modo, será possível visualizar as despesas, bem como identificar onde cortar gastos.

Conclusão

Trocar uma dívida cara por uma mais barata faz com que você economize dinheiro, fugindo assim dos altos juros e permite até mesmo a melhor organização financeira. Então, faça as comparações e veja se essa portabilidade é interessante, pois, em muitos casos, ela realmente é.