A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (10), um novo aumento da gasolina, diesel e gás que começará a fazer a diferença no bolso dos consumidores a partir de amanhã (11), com uma média na venda que saltará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro nas distribuidoras do país.

No comunicado da empresa ficou destacado que “a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,44 por litro”.

Os valores do diesel na bomba subirão para R$ 4,51 por litro, quando comparado com o valor anterior de R$ 3,61 com alta em 24,9%. Já o gás de cozinha ou GLP, que estava sendo comercializado por R$ 3,86 o kg, ficou em R$ 4,48, equivalente a R$ 58,21 por 13kg. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a média do gás doméstico no país está acima de R$ 100.

Vale enfatizar que o preço final na bomba dos postos de combustíveis e revendedores autorizados do GLP, dependerá dos impostos e do lucro obtido pelos revendedores no país. Portanto, a diferença deverá ser notada no bolso do consumidor final que utiliza esses recursos todos os dias.

Impacto da Guerra Russo-Ucraniana

Após quase dois meses sem aumentos haverá um novo reajuste nos ditos energéticos que o brasileiro mais consome e tudo isso também está relacionado com o conflito no Leste Europeu que tem como pressão na economia o petróleo russo.

A economia global foi sacudida na última segunda-feira (7) com cifras do barril que por pouco não superou os valores da crise econômica de 2008, US$ 140 a US$ 147, respectivamente. E isso corresponde ao fato da Rússia deter 7% do comércio mundial e mais 40% dentro da Europa na comercialização de combustíveis fósseis.

Com isso o Brasil também foi afetado por uma crise que está a quilômetros de distância de suas fronteiras, mas que está perto da sua economia que é dependente da concorrência desse tipo de produto e com a não adesão dos importados russos na comunidade europeia, mudou a balança comercial no planeta.

Alíquota zero

Na última quarta-feira (9), o Governo Federal havia anunciado que o gás doméstico sofreria uma redução de impostos na alíquota PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação sobre os botijões de 13kg.

Devido a isso, ficou acertado do Senado avaliar um projeto que altere a forma de cobrança do ICMS, mas novamente foi adiado pela terceira vez, o que iria viabilizar um congelamento na alta do preço dos combustíveis.

Encher o tanque

Uma das dicas que poderão “amenizar” é tentar deixar o tanque do carro cheio e avaliar qual o melhor combustível para abastecer no dia.

Mesmo que ainda o Senado não tenha debatido o congelamento dos preços dos combustíveis, a regra é usar o que tem, tentar segurar o máximo o veículo quando sair de casa e somente para emergências.

No caso dos trabalhadores que utilizam dos próprios veículos para prestação de serviços em aplicativos ou táxis, devem-se atentar no preço da gasolina, diesel, etanol e gás (GNV) na hora de sair de casa.

Novos valores atualizados

O que é preciso se atentar é que os novos valores sairão das refinarias, chegarão aos distribuidores e com isso haverá o reajuste de preço para o consumidor final. Ficou assim:

  • Gasolina: era R$3,25 foi para R$3,86 o litro (18% no aumento);
  • Diesel: era R$3,61 foi para R$4,51 o litro (25% no aumento);
  • Gás de cozinha: era R$3,86 foi para R$4,48 por quilo (16% no aumento).