O crédito segue aquecido dentro do mercado brasileiro de acordo com o balanço feito pelo Banco Central (BC) na última quinta-feira (29). A taxa básica está atualmente em 13,75%/ano e isso não inibiu que o mercado nacional não ficasse aquecido. As carteiras em bancos cresceram em agosto em torno de 1,6%, totalizando até o final em torno de 16,8%, tendo lucros na casa de R$ 5 trilhões.

Um outro dado informado foi a inadimplência média da população brasileira que estacionou em agosto por volta de 2,8%. Já na linha de crédito ofertada pelo Governo Federal houve crescimento de 5,60%, superando o ano de 2020 devido ao pico da pandemia.

O endividamento das famílias em julho deste ano chegou a 53,1% ou 5,1 pontos em 12 meses. Esse cálculo é feito desde 2005 e considera o estoque familiar dentro de um período de 12 meses e quais comprometimentos existem nas rendas das famílias brasileiras. Outro ponto que também foi avaliado pelo BC faz relação com os empréstimos feitos em bancos e financeiras que alcançaram 28,6% em 12 meses.

Crédito segue aquecido e consumo alto dentro dos lares

O consumo das famílias brasileiras virou assunto nesta semana com base nos dados apresentados pelo indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) que determina como está a percepção dentro dos lares. Os números ficaram em 1,4% com base no mês de setembro.

Os números mostraram que desde janeiro deste ano está tendo uma alta de consumo nos lares brasileiros, mesmo que tímida devido a altas taxas de inflação que tem assolado o país em virtude da recorrente mudança do dólar e também da guerra russo-ucraniana no Leste Europeu que afetou inclusive o mercado de commodities como petróleo.

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os números deste mês superaram os de mesmo período em 2021 em 16,5%, uma vez que naquele tempo também estava ocorrendo fases da pandemia onde muitos ainda estavam reclusos em virtude do vírus, tendo então pouco consumo fora dos lares.