O Banco Central (BC) detalhou um estudo nesta quarta-feira (5) sobre os bancos utilizarem de fatura simples na hora de detalhar as compras por meio do cartão de crédito. A ideia é fazer com que a linguagem se torne o mais simples possível e que o consumidor tenha acesso a informação.

A iniciativa veio por meio de estudos sobre pessoas com menor escolaridade terem dificuldade de entender os números e valores que ali estão descritos. Um outro ponto é fazer com que as pessoas também passem a entender que gastar além do necessário poderá levar a um endividamento em massa, pauta essa que muitos governantes batem na tecla.

O estudo foi conduzido pelo BC, em parceria com a Empresa de Consultoria e Pesquisa Plano CDE e com apoio financeiro da Fletcher School of Law and Diplomacy, escola da universidade norte-americana Tufts University. Durante a pesquisa foram utilizadas ferramentas de identificação de fatura simples para que os clientes pudessem melhor identificar as informações nas faturas de cartão de crédito e durante esse experimento ficou evidente que os novos modelos de fatura apresentados foram os que tiveram melhor compreensão dos convidados.

O cartão de crédito é bastante utilizado no Brasil. Segundo o BC, em 2021, aproximadamente 65 milhões de cidadãos, quase 40% da população adulta, realizaram mais de 200 milhões de operações mensalmente.

Fatura simples somado com crédito aquecido

O crédito segue aquecido dentro do mercado brasileiro de acordo com o balanço feito pelo Banco Central (BC). A taxa básica está atualmente em 13,75%/ano e isso não inibiu que o mercado nacional não ficasse aquecido.

As carteiras em bancos cresceram em agosto em torno de 1,6%, totalizando até o final em torno de 16,8%, tendo lucros na casa de R$ 5 trilhões. Um outro dado informado foi a inadimplência média da população brasileira que estacionou em agosto por volta de 2,8%.

Já na linha de crédito ofertada pelo Governo Federal houve crescimento de 5,60%, superando o ano de 2020 devido ao pico da pandemia.