Você é uma pessoa antenada e quer saber tudo sobre o assunto do momento? Você está no lugar certo. Open Banking significa, literalmente, Banco Aberto e assim como o Pix, ele veio para trazer mais opções para os consumidores dos serviços financeiros. Porém, ele não é uma forma de pagamento imediato, ele é um conjunto de regras em que o sistema financeiro nacional vai atuar.

Ficou interessado e quer saber por que ele pode trazer mais autonomia para os clientes e, assim, aumentar a proposta de produtos e serviços? Então leia este post até o final!

O que é Open Banking?

O Open Banking é um sistema de operação que será adotado pelas instituições financeiras, com ele o consumidor/cliente terá um leque de opções para escolher com qual instituição bancária ele quer compartilhar os seus dados e, então, utilizar os serviços.

Open Banking utilizará um sistema de tecnologia conhecido como APIs — Application Programming Interface ou Interface de Programação de Aplicativos — que é um sistema de compartilhamento padronizado de informações, o que vai trazer mais competitividade entre os serviços financeiros, dado que o usuário poderá decidir em qual instituição ele vai utilizar determinado serviço.

Essa inteligência já existe no Google Maps, sabia? Tanto que é possível vincular o seu site ou post no Instagram ao serviço de mapas do Google. Também é possível ver esse serviço quando você consegue fazer login em uma página usando os dados de outra, como o Facebook. Portanto, não é algo novo, é uma técnica usada há muitos anos no mundo todo.

Como funciona?

O Open Banking será obrigatório para algumas para instituições como Banco do Brasil, BNDEs, Itaú etc. Já para outras, é opcional, como Nubank, Pic Pay, Mercado Pago etc. Basta ser uma instituição financeira que funciona sob algum tipo de regulação oficial do Banco Central para estar apta ou poder participar.

O compartilhamento de dados entre as instituições engloba dados pessoais, transacionais, sobre serviços e produtos que o cliente usa etc. E o que é interessante é que todas as empresas que aderirem ao Open Banking terão acesso aos dados dos concorrentes e vice-versa, assim como aos dados dos clientes que autorizarem a divulgação. A permissão de compartilhamento de dados terá uma renovação, muito provavelmente a cada 12 meses para saber se o usuário ainda autoriza esse compartilhamento. Dessa forma, a manutenção desse contrato será feita e ambas as partes se sentirão seguras quanto ao serviço

Claro que, devido à LGPD o cliente pode pedir, a qualquer momento, a remoção de seus dados desse sistema de compartilhamento, mas como o sistema não foi 100% implementado, isso ainda não está definido.

A proposta do Open Banking é oferecer um ecossistema de produtos e serviços financeiros a diversas instituições por meio da tecnologia em desenvolvimento. Assim, a que oferecer o melhor serviço com a melhor oferta — baseado em diversos fatores, inclusive preço — conseguirá fechar o serviço, por exemplo. Colocando, assim, o poder da escolha nas mãos dos usuários.

Como me beneficiar desse sistema?

O Open Banking já é uma realidade no Reino Unido desde 2018, assim como na Austrália. O Japão, Estados Unidos e Hong Kong estão estudando maneiras de implementar o sistema. Pois cada país tem a sua especificidade e, no caso do Brasil, a fiscalização será feita pelo BC e qualquer ilegalidade fará com que a instituição seja punida.

Outro benefício é que todos os dados de contas pagas em dia, salário, quitação de empréstimo sem atraso poderá ser passada para outra instituição que possa ser melhor para o cliente sem que o relacionamento com a empresa tenha que começar do zero. O histórico bom — e ruim — será compartilhado e facilitará a sua vida, pois você sabe o quão burocrática é uma mudança de banco ou de serviço financeiro, atualmente.

Dessa forma, uma pessoa interessada em um empréstimo poderia procurar em várias instituições e ver qual taxa é a melhor, pois o banco saberia o seu histórico e poderia oferecer algo melhor do que o banco ao qual você é vinculado e tem um histórico.

Outra questão que trará inúmeros benefícios é a padronização da linguagem, pois, se um banco X informa ao banco Y que Daniel tem R$5.000 na conta e está vinculado ao nome completo dele mais CPF, e o banco Y, entretanto, não consegue “ler” a informação da forma que foi passada, por falta de padronização de formato, Daniel não conseguirá efetivar o seu pedido no banco Y por incompatibilidade de dados sobre o contexto atual e real dele.

Portanto, a padronização é extremamente importante, pois muitos dados são trocados e é preciso que os nossos sistemas saibam ler, independentemente de onde venham essas informações.

Ao que é preciso ficar atento?

A segurança aqui é a chave do sucesso. Portanto, a criação de regras e leis devem ser feitas de forma clara e objetiva, como é no Reino Unido. Por exemplo, se em um dado momento o cliente sai de uma instituição, ela não deve mais compartilhar os seus dados, que uma vez foi autorizado, assim como fazer o mau uso dos deles. Portanto, regras como essas serão implementadas pensando, principalmente, na segurança e agilidade que o cliente final terá com os serviços financeiros.

Ainda não sabemos quando o sistema será 100% implementado no Brasil, mas estudos já estão sendo feitos assim como progressos e atualizações das instituições que são obrigadas a participarem assim como as que têm interesse em se juntar ao sistema.

Gostou de saber sobre esse sistema que veio para ficar? Então continue no blog e leia mais sobre as principais notícias do mundo financeiro.