Já tem data marcada para o início do programa de televisão brasileira que divide opiniões e polariza o Brasil: o Big Brother Brasil. Alguns apontam que o programa é uma alienação. Outros o defendem. O fato é que o programa é um sucesso de audiência, e já está em sua 22ª edição. O programa estreia na TV Globo na data de 17 de janeiro, próxima segunda-feira.

Mas como fofoca e barraco não são o tema deste site, nesta notícia de sábado vamos apresentar algumas informações sobre a grana que as empresas investem para ter suas marcas estampadas no programa de TV, nas suas chamadas e abertura.

 

O programa tem recuperado audiência, mas está longe do sucesso inicial

O sucesso de público do programa nas suas últimas edições tem levado muitas empresas e marcas a verem ali uma boa estratégia para consolidação de seus nomes.

É certo que em suas primeiras edições o programa chegou a ter médias de audiências muito mais altas do que nas suas últimas 12 edições. Nos primeiros anos que o programa foi ao ar, conseguia atingir quase o dobro do que costuma ter atualmente. 

Por exemplo, o BBB 5, pico de audiência do programa, teve média de 45,8 pontos de audiência – cada ponto de audiência equivale a 76 mil domicílios. No entanto, após a edição de número 10, o BBB tem ficado com médias de audiência bem mais baixas. A pior edição, em audiência, foi a de 2019 (vencida por uma tal de Paula(?)), com 20,4 pontos. 

Porém, desde 2019 o número de telespectadores que assistem o programa tem aumentado. Em 2020, o programa ficou com 25,0 pontos em média de audiência. Em 2021, quebrando o recorde das últimas 11 edições do programa, a média de audiência foi de 28,8 pontos em São Paulo e de 30,4 pontos no Rio de Janeiro.

Para se ter uma ideia de comparação, no domingo 2 de janeiro deste ano, a audiência do programa Fantástico, o programa de maior audiência do dia, foi de 17,5 pontos. Por isso, o programa tem sido apontado como o “SuperBowl brasileiro”, em comparação com a final do futebol americano, que é quando as empresas mais investem por segundos de propaganda em seus intervalos. Porém, o jogo dura uma noite (sim, umas 4 horas de duração) de domingo, enquanto do reality show tem a duração de três meses.

 

Patrocinadoras “Big” continuam sendo as mesmas marcas

Talvez por isso o programa receba tanta atenção das marcas que desejam participar do programa e serem vistas. Conforme dados publicados pelo canal do Instagram @agenciadebolso_ e pela Revista Meio e Mensagem, para serem os patrocinadores masters, ou seja, os de maior visibilidade, a Lojas Americanas, a Avon e a PicPay desembolsaram R$ 91,9 milhões. Conforme a página do Instagram, esta cota máxima tem aumentado a cada ano. Na edição de pior audiência, em 2020, a cota era de R$ 46 milhões

Tentando lembrar um pouco das últimas edições, é bem verdade que as empresas com patrocínio máximo aparecem com bastante frequência durante o programa. Elas, inclusive, renovaram o contrato de patrocínio. Isto é, já tinham adquirido a cota máxima para a edição de 2021.

 

Outras empresas participam com menos investimentos. E há novidades!

Outras empresas participam do programa de maneira mais tímida, e por consequência aparecem com menos frequência. É o caso da C&A, da Amstel, da Seara e P&G. O nome da cota que elas adquiriram é Camarote, e custou R$ 69,4 milhões

Outras cotas foram adquiridas pela Above, Hypera Pharma (que exibirá a marca Engov), pela Coca-Cola e pela Quinto Andar – esta cota é de R$ 11,8 milhões. Quanto a essa cota e forma de patrocínio, somente a Coca-Cola já estava na edição anterior.

A Above participou da edição, mas apenas com ações de merchandising. Ainda, lançou um produto com a marca do programa.

Já o Engov é uma marca nova no programa, assim como a Quinto Andar. 

Será interessante observar como as empresas ligarão suas marcas ao programa. Engov, pelas bebedeiras que acontecem no programa, pode ser até mesmo uma marca necessária para a distribuição de produtos.

A ação de propaganda e merchandising poderá ser facilitada com os participantes tomando os produtos da marca Engov. Porém, vale lembrar que, mesmo a Coca-Cola e a Heineken (como Amstel)  sendo umas das participantes do programa como patrocinadoras, em muitas vezes os produtos eram escondidos, ou seja, não aparecia a marca das bebidas que os participantes estavam tomando durante o dia.

Ou seja, provavelmente os contratos de patrocínio não envolvem, necessariamente, um tipo específico de propaganda que é o merchandising, ou seja, quando um ator ou, no caso, participante do reality show aparece tomando ou comendo um produto, vestindo alguma roupa.

Já a Quinto Andar – startup de tecnologia focada em aluguel e venda de imóveis – terá que explorar um campo ainda não explorado de patrocínio. Isto é, terá que ligar seus serviços com o programa, algo que deve ser facilitado por se tratar de um imóvel em que os participantes, embora não paguem aluguel, estão de inquilinos.

 

Provas e ações especiais também são patrocinadas

As provas que acontecem durante o programa também são patrocinadas. Há ainda ações avulsas com os participantes. Na ultima edição, por exemplo, embora as compras realizadas pelos brothers fossem feitas pela Americanas, em alguns momentos quem entregava uma comida especial era o Ifood. Isto explica, por exemplo, que algumas empresas que concorrem em algum serviço pode aparecer em ações diversas no programa.

 A Globo planeja um faturamento de aproximadamente R$ 600 milhões neste tipo de participação das empresas. Algumas empresas que estão confirmadas neste tipo de ação são a Coca-Cola, a 99 Taxi, a Doriana e a Fiat (será que vai ter gente dentro do carro por um tempo – acho que esta foi a primeira prova do primeiro BBB, mas ainda não foi esquecida).

 

E você, está ansioso ou ansiosa para o início do programa? Ou é da turma que não gosta. Bom, em todo caso, continue acompanhando o financentro para outras informações sobre dinheiro, investimento, finanças e economia.