Grande parte das pessoas que começam a realização de aplicações financeiras quer ter um bom rendimento sem correr nenhum risco. Dentro dessa realidade, a dúvida básica surge: investimento sem risco existe? Infelizmente, é fundamental entender que isso é impossível.

Afinal de contas, todo investimento apresenta algum risco, mesmo que pequeno. Inclusive, até mesmo deixar o seu capital parado pode gerar prejuízo por conta da inflação. Dessa forma, a alternativa é buscar conhecer os tipos de aplicações existentes, fazer uma análise do seu perfil de investidor e, a partir daí, apostar em investimentos que sejam capazes de atender as suas necessidades. Veja!

Investimento sem risco existe? NÃO!

Um investimento sem risco, na teoria, é aquele que você aplica um determinado valor e não perde absolutamente nada ao longo do tempo, pelo contrário, você tem ganhos. Portanto, fala-se em uma aplicação financeira onde a rentabilidade é garantida sem qualquer chance de desvalorização.

No entanto, fala-se na teoria porque investimento sem risco não existe, já que até o dinheiro que você guarda em casa dentro do cofre, por exemplo, pode se desvalorizar de modo rápido e nada poderá ser feito para recuperá-lo.

Ora, investimento sem risco é algo impraticável, já que é impossível ter total controle das variáveis existentes no mercado. Mesmo que você aporte seu capital em aplicações financeiras que possuem a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), por exemplo, poderá ainda sofrer com perdas. Inclusive, o calote não é o único risco, existem muitos outros. Veja abaixo os fatores a serem considerados.

Depreciação

Há aqueles que preferem investir em bens, como imóveis, por exemplo. Contudo, até nesses casos existem riscos que devem ser considerados, como é o caso da depreciação, por exemplo. Afinal de contas, há a possibilidade de ocorrerem imprevistos que aceleram a perda de valor.

Baixa liquidez

A liquidez é baseada na facilidade em transformar os seus investimentos em dinheiro na sua conta corrente. Em algumas aplicações consideradas mais seguras, como imóveis, por exemplo, a liquidez é considerada muito baixa.

Isso porque, se você precisar do dinheiro para uma emergência, não há qualquer garantia de que poderá fazer a venda do imóvel imediatamente. Porém, mesmo se você conseguisse tal feito, não teria como acelerar ou livrar-se completamente da burocracia com o cartório, por exemplo.

Em outros investimentos, a liquidez pode ser diária, semanal ou mensal, porém você perde a rentabilidade ou paga impostos maiores se realizar o resgate do dinheiro antes do prazo combinado. Sem contar que há aplicações financeiras que só permitem a retirada do capital após o prazo de carência. Em suma, a baixa liquidez é um risco que é importante considerar ao investir.

Inflação

Mesmo aqueles que escolhem deixar o capital parado no banco ou até mesmo no colchão de casa, estão sujeitos ao risco da inflação, que reside na perda do poder de compra. Afinal de contas, o que você é capaz de comprar hoje com R$ 50,00, não será o mesmo no ano que vem, exatamente por conta da inflação.

Como se sabe, o Brasil tem um histórico de inflação alta, o que acabou gerando o sentimento de insegurança entre as pessoas nos últimos tempos. Dessa forma, quem tem dinheiro parado deve começar a ver os investimentos como uma oportunidade para fugir da inflação.

Volatilidade

A bolsa de valores sempre surge na mente das pessoas quando se fala em volatilidade. É óbvio que este é um investimento considerado mais arrojado, porém ele não é o único que está à mercê das mudanças no mercado.

A situação da economia brasileira, bem como do mundo, possui forte influência em grande parte dos investimentos, seja por conta da mudança na Selic, que é a taxa básica de juros, pelas oscilações da inflação ou pela desvalorização do real. Logo, quem realiza aplicações financeiras precisa, obrigatoriamente, se preparar para a volatilidade, mesmo que mínima.

O rendimento é proporcional ao risco

Investimento sem risco existe? Você já sabe que não! Entretanto, o que você ainda precisa estar ciente é de que a rentabilidade é proporcional ao risco que você está disposto a correr. Entenda sobre os investimentos e seus níveis de riscos:

  • Baixo risco – são aqueles que possuem alguma garantia, como a garantia do FGC, para os Certificados de Depósito Bancário, por exemplo, e a garantia do Tesouro Nacional, para os títulos públicos;
  • Médio risco – os investimentos de médio risco apresentam uma rentabilidade melhor, mas para isso é necessário aplicar a longo prazo. Aqui você tem investimentos como debêntures, por exemplo;
  • Alto risco – quem tem interesse em correr um alto risco em troca de uma boa rentabilidade pode investir na bolsa de valores, onde a liquidez é boa e a rentabilidade depende de várias variáveis.

Conclusão

Investimento sem risco existe? A resposta é não, como você viu acima, pois até o dinheiro parado está sujeito a se desvalorizar. Entretanto, existem aplicações financeiras para os mais diferentes investidores, levando em consideração o risco que se está disposto a correr.