Carlos Eduardo S. Gonçalves (2015) afirma que, mais do que dinheiro, a economia estuda as escolhas das pessoas, do governo e das empresas. Estas escolhas são necessárias, pois ter algo traz como consequência deixar de ter ou ter menos de outra coisa. É o que se chama de escassez, pois os recursos não são infinitos. Dentro do sistema natural, muitos dos recursos não são renováveis.

Pensar em economia é pensar em Eco, isto é, na etimologia da palavra, em lar, casa, domicílio. desta forma, economia também está relacionada com a sustentabilidade dos modelos de trocas de mercadorias.

 

Sustentabilidade

O termo Sustentabilidade surge dentro das Nações Unidas (ONU), a partir de um documento de 1987, que ficou conhecido no Nosso Futuro Comum, ou Relatório Brundtland, sobrenome da presidente da comissão da ONU responsável pela elaboração do relatório. 

Este Relatório, elaborado pela Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento da ONU, afirma que o desenvolvimento sustentável é aquele que atende as necessidades do presente sem que comprometa as necessidades das futuras gerações

A partir de 2015, no âmbito do desenvolvimento sustentável, existe o que a ONU chama de Agenda 2030, que traz algumas metas para serem cumpridas até aquele ano – para daqui 7 anos. Entre essas metas estão a erradicação da pobreza, a fome zero e a agricultura sustentável, a água potável e saneamento, a energia limpa e acessível, a indústria inovação e infraestrutura, cidades e comunidades sustentáveis, o consumo e produção responsáveis, a ação contra a mudança global do clima e as parcerias e meios de implementação.

Estes e outros são objetivos que devem ser seguidos por Governos, Empresas e pelas pessoas. 

 

Bioeconomia e Bioinovação

É dentro deste cenário que se desenvolve a Bioeconomia, cujo conceito é ser uma área do conhecimento que tem por objetivo criar maneiras que aliem a sustentabilidade com a inovação, a partir do estudo dos sistemas biológicos e dos recursos naturais.

Outro conceito interessante é o conceito de Bioinovação, isto é, “a utilização de organismos vivos, modificados ou não, e seus derivados, em atividades de interesse econômico”, segundo a Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI), que reúne os líderes globais da área. 

Segundo a associação, o Brasil está sendo colocado na vanguarda, com pioneirismo, na bioeconomia mundial. Entre as inovações em bioinovação e bioeconomia no Brasil estão o desenvolvimento de produtos como cera de polietileno renovável e solventes renováveis. 

Vale lembrar que o país possui, hoje, 20% da biodiversidade do planeta. É o local com a maior biodiversidade do mundo, e deve explorar essa fonte como um ativo econômico. Por isso é importante que desenvolva pesquisas na área.

Ou seja, pensar em bioeconomia e bioinovação não é necessariamente pensar em diminuição do desenvolvimento, ou mesmo colocar o Brasil como uma economia menor do que outras. 

Buscar fontes de energia e de produtos alternativas às poluentes e não renováveis, dentro da natureza, deve ser uma das metas do Estado e dos investidores internos, ao menos os preocupados com o desenvolvimento do país. 

 

Oportunidades em Bioeconomia e Bioinovação

A Climate Ventures e o Pipe.Labo realizaram um estudo sobre diversas oportunidades de investimento na área de Bioeconomia e Bioinovação no Brasil. O nome do estudo é A Onda Verde. A intenção do estudo é chamar consumidores, empreendedores, governos e marcas a realizar uma transformação dentro do sistema de negócios, pessoas e meio ambiente.

Os principais desafios brasileiros apontados pelo estudo são a mudança climática, a degradação das florestas e o desmatamento, a ocupação desordenada do território e a insuficiência do saneamento básicos. Esses desafios minam um pouco a capacidade do Brasil de ser protagonista do desenvolvimento sustentável.

No entanto, o estudo também aponta diversas soluções e oportunidades para alavancar a Bioeconomia e Bioinovação como um bom investimento, e do bem
Bioeconomia, como o fomento à agricultura familiar e de pequena escala, que gera segurança para que o pequeno produtor invista tempo em maneiras inovadoras e mais sustentáveis de produção, com o abandono de agrotóxicos, por exemplo; investimentos em fontes renováveis de energia ainda mais sustentáveis do que as fontes hidroelétricas; oportunidade dentro do setor de logística para o escoamento de produtos agroflorestais. 

 

Mas como eu posso investir em Sustentabilidade? 

Depois de tanto papo sobre sustentabilidade e oportunidade, você pode estar se perguntando como pode investir seu próprio dinheiro nesta oportunidade.

Uma das alternativas são buscar fundos de investimento nesta área. Existem alguns: a) Warren Green FIA – BDR Nível I; b) Total Impacto FIA; c) JPG ESG FIC FIA; e alguns vinculados à XP investimentos.

Se te interessou um investimento sustentável, busque maiores informações. E fique ligada (o) aqui conosco para informações sobre economia e finanças! 

 

REFERÊNCIA

GONÇALVES, Carlos Eduardo S.. Economia da palma da mão: do economês para o português. São Paulo: Benvirá, 2015.