Até o dia 29 de dezembro do ano passado (2021), os fundos de renda fixa haviam captado R$ 291,5 bi (duzentos e noventa e um bilhões e quinhentos milhões de reais). Para se ter uma ideia de comparação, os gastos com investimentos (que não envolve o pagamento de salários e a manutenção dos serviços, mas o investimento em expansão da oferta) do Ministério da Educação, no ano de 2020, foram de R$ 3,9 bi (três bilhões e novecentos milhões de reais). Trata-se de um recorde em número de investimento neste tipo de aplicação.

O principal fator para esse aumento de investimentos neste tipo de título e fundo se deve à uma decisão político-econômica: o aumento das taxas de juros. Para você entender melhor como funciona, preparamos algumas explicações.

 

Renda fixa e renda variável

Renda fixa é um tipo de investimento que você faz já sabendo qual é a sua rentabilidade. Bem por cima, quando você investe numa carta de renda fixa você está financiando alguém, emprestando dinheiro. Esta pessoa que precisa do dinheiro, ela cria os títulos de renda fixa e os vende, já dizendo como será feito o pagamento deste empréstimo.

É por isso que a chamada renda fixa é muito mais segura do que as rendas variáveis. Um exemplo de renda variável, por exemplo, é o investimento na Bolsa de Valores. As ações que o investidor compra têm um valor que é dado pelo mercado de compra e venda de ações, e modificam sob pretextos que podem ser bem subjetivos. Na renda fixa, o investidor compra sabe como será feito o reembolso do título: o preço, os juros, o prazo são acordados antes do investimento.


A pessoa que emite títulos de renda fixa pode ser pública (que emite o chamado Tesouro Direto) ou uma pessoa privada. No ano de 2021, devido às incertezas fiscais, os títulos públicos tiveram crescimento menor do que os títulos chamados corporativos.

 

Taxas de indexação dos títulos de Renda Fixa

Como já dito, cada título de Renda Fixa segue um próprio “contrato”. Assim, seus rendimentos, a taxa de retorno pelo “empréstimo” realizado pelo investidor, pode ser feita com base em diversos fatores. Os principais, no entanto, são a taxa Selic, o IPCA, o CDI e o TR.

A taxa Selic é a taxa básica de juros, que acaba sendo o fator para a fixação da maioria dos juros no brasil. Esta taxa é decidida pelo Copom (Comitê de Política Monetária), e em 8 de dezembro do ano passado estava em 9,25% ao ano. O IPCA significa Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. Ao contrário da Selic, o IPCA é medido, e não decidido. Essa medição é feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O CDI é o Certificado de Depósito Interfinanceiro, ou seja, é uma taxa atrelada aos bancos, e o TR é uma Tara Referencial, também atrelada às taxas de empréstimos bancários.

Assim, o que nos interessa aqui é apresentar que o aumento das taxas de juros faz com que a Renda Fixa se torne uma excelente carteira de investimento. Como muitos dos retornos financeiros da Renda Fixa estão atrelados aos juros, o aumento da inflação faz com que a Renda Fixa se torne interessante.

 

Principais tipos de investimento em Renda Fixa

Caso você tenha ficado interessado neste tipo de investimento, vai aí alguns tipos e forma de investir:

  1. CDB e CDI – eles podem ser adquiridos pelo app do seu banco. Geralmente você tem um valor mínimo para investir. É sempre importante estar atento para como está a sua taxa de retorno. São uma boa alternativa para quem investe na Poupança, pois têm mecanismos parecidos, ou seja, não demandam muita burocracia.
  2. LCI e LCA – são siglas para Letra de Câmbio Imobiliário e Letra de Câmbio ao Agronegócio. Exigem investimentos maiores, ou seja, são mais caros para um investimento inicial. Por isso são mais rentáveis. São interessantes para quem têm um valor maior para investir, e possuem mais tempo para esperar o retorno financeiro
  3. Debêntures – são dívidas emitidas pelas empresas. Geralmente as empresas lançam essas dívidas para o financiamento de grandes projetos. Para investir nesse tipo de Renda Fixa você precisa ter uma conta em um banco de investimentos ou corretora.
  4. Tesouro Direto – são dívidas do Estado. Ou seja, assim como as empresas, o Estado também assume dívidas para que possa investir em grandes projetos. Mas ao contrário das empresas, as dívidas assumidas pelo Estado têm uma única função, o interesse público, sempre. Da mesma forma que para investir em Debêntures, é necessário que você busque um banco de investimento ou uma corretora.

 

Ficou curioso para seguir uma tendência e investir nesse tipo de carta, a Renda Fixa, convidamos você a se informar diretamente no aplicativo do seu banco ou de maneira mais clássica, indo direto conversar com o seu gerente. Ainda, continue ligado em nosso canal para mais reflexões e conhecimento sobre diversos tipos de investimentos!