Se planejar financeiramente para morar sozinho requer bastante disciplina e responsabilidade, mas é um esforço que vale muito a pena. Afinal de contas, ter seu próprio canto é um prazer enorme e a liberdade que vem com isso é indescritível.

No entanto, você precisa estar pronto para organizar o orçamento de uma casa e preparado para lidar com imprevistos financeiros, pois eles acontecem. Sem contar com o desafio que é montar a sua própria rotina do zero.

Então, para tornar essa jornada mais tranquila e fácil, abaixo estão 5 passos importantes de como se planejar financeiramente para morar sozinho. Confira cada um deles e coloque em prática!

1 – Quite seus débitos e monte uma reserva de emergência

Se possível, comece a se planejar financeiramente para morar só quando tiver com todos os seus débitos pagos e com uma reserva de emergência já pronta e bem formada. Afinal de contas, não é nada legal comprometer toda a sua renda para pagar as contas, muito menos correr o risco de se tornar inadimplente, ainda mais em razão de imprevistos.

Sendo assim, monte o seu fundo de emergência, que deve ser suficiente para cobrir de 6 a 12 meses de gastos fixos, pois assim você vai ser capaz de realizar essa mudança de vida e rotina de modo mais tranquilo. Caso ainda não tenha esse dinheiro, passe mais alguns meses poupando antes de assumir despesas altas.

Além disso, busque quitar todos os seus débitos existentes, principalmente aqueles que estão atrasados e correndo altos juros, como fatura de cartões de crédito. No mais, nesse momento é fundamental ainda evitar contrair novas dívidas.

2 – Calcule os gastos fixos

O passo seguinte para se planejar financeiramente para morar sozinho é colocar no papel todos os gastos fixos e assim descobrir qual será o seu custo de vida. Portanto, esse é o momento de estabelecer o padrão de vida que você pode sustentar segundo a sua renda, pesquisando preços e determinando limites para cada um dos gastos.

É nesse ponto que muitas pessoas se atrapalham, pois há várias despesas “invisíveis” quando se mora na casa dos pais e dificilmente você será capaz de manter o mesmo padrão de consumo pagando aluguel e todas as contas.

Então, para começar, calcule os gastos fixos de uma casa, geralmente são eles:

  • Aluguel e condomínio;
  • Contas de consumo (água, luz e gás);
  • Telefone e internet;
  • Serviços por assinatura (Netflix, Spotify, dentre outros)
  • Supermercado;
  • Mensalidade da academia, curso, faculdade, dentre outros;
  • Plano de saúde (se for aplicável).

Caso tenha um automóvel, ainda é necessário considerar as despesas com seguro, manutenção e IPVA. Caso tenha um pet de estimação, não esqueça de considerar os gastos com ele também.

3 – Estime as despesas variáveis

Além dos gastos fixos, se planejar financeiramente para morar sozinho requer também estimar quanto será gasto em despesas variáveis, como vestuário, saídas no fim de semana, educação, transporte, dentre outras. Afinal, elas impactam no seu orçamento mensal.

Então, nesse caso, a dica é já ir fazendo uma média do quanto você gasta nesses itens variáveis antes de se mudar para morar só. Inclusive, a dica é fazer uso de aplicativos financeiros, muitos deles são gratuitos e permitem a você ter um controle das suas despesas mais facilmente.

Dessa forma, tendo uma ideia estimada das despesas variáveis fica fácil preparar seu bolso para essa nova etapa da vida, evitando assim possíveis surpresas desagradáveis no mês.

4 – Planeje seu orçamento segundo os seus ganhos

Com os gastos fixos já determinados e uma estimativa das despesas variáveis, você já está com a base do seu planejamento financeiro para morar só montado. Contudo, ainda é importante planejar seu orçamento de acordo com seus ganhos.

O bom é que hoje existe uma série de métodos de composição de orçamento que você pode utilizar, sendo os principais e mais comuns:

  • 60/20/10/10 – 60% para gastos essenciais, 20% para as prioridades, 10% para investir e 10% para gastos supérfluos;
  • 50/30/20 – 50% para gastos essenciais, 30% para momentos de lazer e 20% para as prioridades financeiras (como investimentos e financiamentos).

Além disso, os especialistas recomendam que você não comprometa mais do que 50% da sua renda com gastos fixos ou mais de 30% com o pagamento do aluguel. Com isso fica mais fácil evitar o endividamento e a inadimplência.

Contudo, são apenas porcentagens para serem utilizadas como referência, uma vez que você pode sim estabelecer o equilíbrio ideal das suas contas e quais são as suas prioridades financeiras.

5 – Escolha o imóvel de forma inteligênte

Por fim, a última dica para se planejar financeiramente para morar sozinho é escolher o imóvel com inteligência, pois o aluguel será a despesa que mais pesará no seu orçamento.

Então, no momento de escolher avalie se vale a pena pagar um valor a mais para ficar perto do trabalho e assim economizar no transporte, por exemplo, pois às vezes é compensador.

Além disso, não esqueça de considerar outros pontos importantes também, como:

  • Segurança;
  • Proximidade com comércios e pontos de ônibus;
  • Valor do condomínio;
  • IPTU;
  • Vizinhança;
  • Distribuição dos cômodos.

Conclusão

Se planejar financeiramente para morar sozinho é um desafio, mas é um esforço compensador. Então, use todas essas dicas mencionadas aqui, pois elas irão facilitar a sua jornada e essa nova fase da sua vida.