Investir em bitcoin tem sido um assunto muito falado entre os brasileiros nos últimos anos. A evolução no valor da moeda digital chamou atenção e muitas pessoas presumem que podem ter uma boa gratificação com ela.

Em um outro extremo, lamentavelmente alguns investidores caem em golpes financeiros — por exemplo, o de pirâmides — que se utilizam da bitcoin como isca. Por isso, é importante saber mais sobre este assunto.

Você quer se proteger destes truques e analisar se, de fato, vale a pena investir em criptomoedas? O melhor caminho é procurar informações de qualidade e conhecer formas mais seguras de efetuar os seus investimentos.

Então continue a leitura e saiba se os bitcoins são mesmo o que dizem ser e quando vale a pena investir nessas criptomoedas.

O que é bitcoin?

O primeiro passo para constatar se um investimento é lucrativo é conhecê-lo, certo? Bitcoins são moedas digitais. Elas funcionam, em essência, como outras moedas — o Real ou o Dólar, por exemplo, em relação a pagamentos.

A principal diferença é que bitcoins são criptomoedas. Em outras palavras, sua existência é dependente da tecnologia online. Ela foi a primeira criptomoeda a ser inventada. O desenvolvimento se deu com Satoshi Nakamoto, em 2009.

Uma das características primordiais do bitcoin é ser descentralizado. Ou seja, ele não está ligado diretamente a nenhuma nacionalidade. Para o criador e para muitos usuários, isso é algo positivo, pois a cotação não se sujeita às influências de um governo em específico.

Além de ser descentralizada, a moeda digital também não é regularizada por nenhum governo. No Brasil, não há processos de regulamentação ou supervisão de bitcoins — o que pode gerar alguns riscos para quem compra ou vende o ativo.

Apesar de ter sido a primeira criptomoeda a ser lançada, o bitcoin não é mais a única moeda digital disponível no mercado. Na verdade, existem centenas de exemplos de moedas do mesmo tipo. Cada uma apresenta singularidades e funcionamento próprio.

O bitcoin é seguro?

Um dos sustentáculos do bitcoin e das criptomoedas é a criptografia: uma camada de segurança online que complica bastante qualquer tipo de fraude. Por isso, o bitcoin é tido como seguro.

O que pode ocorrer – e já aconteceu – é as carteiras digitais ou corretoras de bitcoin serem roubadas. Em 2019, uma das maiores corretoras de criptomoedas do mundo notificou que hackers haviam roubado US$40,7 milhões em bitcoins.

A falta de regulamentação da moeda também pode ser um inconveniente – e o próprio Banco Central do Brasil adverte sobre os riscos em seu site. Ataque de hackers, erros no servidores e perda da assinatura virtual do bitcoin são alguns dos riscos que podem ocasionar a perda de todas as criptomoedas.

E como funciona o investimento em bitcoin?

A valorização do bitcoin levou muitas pessoas a procurarem essa criptomoeda como uma alternativa de investimento. Por isso, existem corretoras e empresas especializadas no oferecimento de bitcoin.

Vale lembrar, no entanto, que esse é um investimento de altíssimo risco: na mesma proporção que pode enriquecer seus investidores com muita rapidez, também pode fazer com que percam muito dinheiro em um pequeno espaço de tempo. 

Além disso, os investimentos em bitcoin também são tributados pelo Imposto de Renda, no caso de lucros acima de R$ 35 mil, e devem ser declarados no IR.

O que saber antes de investir nos bitcoins

Todo tipo de investimento contém riscos. Investir em bitcoin não é diferente. Antes de escolher investir nessa moeda, é imprescindível saber o seu perfil de risco, ou seja, qual sua flexibilidade ao risco e quais são eles.

Os riscos dos ativos digitais/criptomoedas podem ser divididos em 3 grupos:

  1. Risco de Sistema
  2. Risco de Usabilidade
  3. Risco de Mercado

Riscos de sistema 

O risco de sistema está correlacionado à tecnologia necessária para o sistema de criptomoedas operar. Aqui, estamos falando do que está nos bastidores das bitcoins.

Isso se refere a bugs ou instabilidades que possam prejudicar o funcionamento correto do sistema de bitcoins, ameaçando sua confiabilidade. Esses problemas podem afetar diretamente o preço das criptomoedas. Bem como podem resultar em perdas do ativo. Consequentemente, o sistema é a base do mercado de bitcoins. Se a tecnologia dele for ameaçada, todo o mercado do ativo em si é afetado.

Riscos de usabilidade 

Entre os três tipos de riscos, o risco de usabilidade é o que tem a maior possibilidade de causar prejuízos aos usuários. Esse risco é referente à armazenagem dos bitcoins.

Ao contrário de dinheiro físico, que você pode guardar na sua bolsa, os bitcoins precisam ser guardados de forma virtual em um ambiente protegido.

Assim, você não corre o risco de perder as informações guardadas no computador ou telefone celular e perder o acesso às suas criptomoedas.

A melhor forma para armazenar suas criptomoedas é procurar por carteiras digitais. Pesquise sobre elas e veja alternativas confiáveis.

Riscos de mercado 

O risco de mercado relaciona-se a própria oscilação do preço das criptomoedas – esse é um risco que diversos ativos de renda variável sofrem.

No mercado financeiro o vaivém de preço dos ativos chama-se volatilidade. Alguns ativos digitais são mais variáveis do que outros.

Além disso, por serem ativos negociados livremente mundo afora, o preço é definido pela simples interação dos compradores e vendedores, em outras palavras, a lei de oferta e demanda.

Isso significa que não é possível fazer uma previsão do preço dos bitcoins para o próximo dia, por exemplo. Inúmeros fatores externos, como crises políticas, crises financeiras ou algum acontecimento no mercado financeiro, como a fusão de duas grandes empresas.

Assim, você deve considerar o risco de mercado antes de comprar criptomoedas. Esses ativos demonstram alta volatilidade em relação ao seu preço e o seu investimento é considerado de alto risco.