Você sabe o que é uma criptomoeda?

Trata-se de um tipo de ativo financeiro que pode ser usado para alguma troca. Elas recebem o nome de “Cripto” porque têm relação com a criptografia. Assim, são moedas que não existem de maneira material. Isso significa que não existem cédulas e moedas de uma criptomoeda. Você não pode ir a algum lugar e trocar suas criptomoedas por uma dinheiro e espécie. Elas são apenas criptografias, são virtuais.

 

Moedas?

No entanto, será que as criptomoedas são mesmo moedas? Aí vai depender do que você entende como moeda. 

De uma maneira geral, pode-se entender que moeda seja dinheiro (moedas de metal e cédulas de papel); apenas as moedas de metal; moeda de um país, aquela que é admitida em circulação pelo governo do país; ou mesmo tudo aquilo que pode ser admitido em troca de bens e serviços.

Assim, se você entende “moeda” por esse último sentido, ou seja, tudo aquilo que pode ser admitido em troca de bens e serviços, as criptomoedas podem ser admitidas como moedas. Porém, as criptomoedas, na maioria dos casos, não são admitidas como moeda pelo sistema financeiro dos países. E não poderia deixar de ser, como vamos explicar no próximo ponto.

 

Cripto e novo paradigma em rede

Um paradigma pode ser duas coisas. A forma como uma disciplina observa um fato ou fenômeno; ou algo mais profundo, a forma como toda a humanidade encara o mundo, uma “visão de mundo” que controla até mesmo como a ciência observa os fenômenos.

Desta forma, podemos dizer que o paradigma que estamos acostumados a encarar desde muito tempo é um paradigma de economia controlada pelos Estados. Ou seja, se num conceito mais amplo a economia é a ciência que estuda as escolhas, na prática o dinheiro oficial, emitido e controlado pelos governos, bancos ou empresas ainda rege muito de nossas escolhas e das escolhas das empresas. A política ainda é muito responsável pela saúde econômica e pela distribuição dos bens. 

Pois bem. Saindo um pouco da análise das criptomoedas e olhando mais abertamente, elas fazem parte do que se chama de Sociedade da Informação, cujo autor mais importante deste conceito é Manuel Castells. Para este autor, as tecnologias da informação são responsáveis por uma ruptura da história. Isto significa uma mudança de paradigma, uma nova visão de mundo.

Para este conceito, as redes, mais do que redes de computador, ajudam a criar uma forma de ver o mundo que se afasta da forma hierárquica e piramidal. Melhor dizendo, a partir das redes, a sociedade passa a se organizar sem tantos centros de controles. Se antes dependia de Estados como centro de poder, ou mesmo de sistemas de gerência dentro das empresas, as entidades de controle atual (Estados, Empresas) cada vez mais se horizontalizam, isto é, tornam o poder menos centralizado.

Por isso, a principal característica das criptomoedas, a que devemos mais estar atentos, é o fato delas serem moedas não centralizadas no Estado ou nos bancos. Não são controladas por eles. Não têm seu valor atrelado a qualquer política. Seu valor é dado por seus proprietários, num retorno à ideia de mercado como um setor livre.

Por isso, os investimentos em criptomoedas são investimentos de risco. Mas, ao mesmo tempo, vale lembrar que, em 2021, o bitcoin, a criptomoeda mais conhecida, foi o ativo com mais valorização.

Mas não existem apenas os bitcoins como criptomoedas.

 

Outras criptomoedas para investir – ou apenas para se divertir sobre sua existência

Como já dissemos, as criptomoedas tem como principal característica não serem emitidas e nem controladas por um Estado ou um banco. Assim, a criação de uma criptomoeda pode ocorrer por motivos os mais diversos

Ou mesmo sem motivo aparente nenhum, ou como piada. É o caso da DogeCoin, por exemplo. Trata-se de uma moeda que tem como símbolo um cachorro da Shiba, em 2013. Um DOGE (simbolo da moeda) já chegou a valer R$ 3,33 (três reais e trinta e três centavos) em maio de 2021, mas hoje vale perto de R$ 1,00 (um real).

Há também algumas criptomoedas que estão atreladas a algum produto específico. É o caso da BananaCoin, que tem seu valor atrelado ao preço de exportação de 1 quilo de banana. Sua criação se deu com o objetivo de levantamento de fundos para a plantação de bananas em Laos – Vietnam. Existe também a GarliCoin, criada em homenagem ao pão de alho, e usada em transações do alimento. Seu valor já chegou a ser de R$ 1,74 (um real e setenta e quatro centavos) em abril de 2021, mas hoje seu preço está entre R$ 0,40 (quarenta centavos) e R$ 0,20 (vinte centavos). 

Há também criptomoedas que são atreladas a setores específicos como a DentaCoin, que já é aceita até mesmo para pagamento de tratamentos dentários em clínicas parceiras, e a SexCoin, usada para a compra de produtos de entretenimento adulto (sim, indústria pornográfica e do sexo). 

Também há os Fan Tokens, que são usados por clubes como Corinthians, Flamengo, Vasco, Cruzeiro e Atlético Mineiro, com o oferecimento de benefícios exclusivos para seus torcedores que adquirem a criptomoeda.

Até mesmo o cantor Frank Aguiar, o “cãozinho dos teclados”, lançou seu Fan Token, com benefícios exclusivos, acesso VIP a shows, itens autografados e videochamadas exclusivas? E aí? Você encara??

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