Então, já ouviu falar em minicontratos? Caso não, saiba que você vai ouvir sobre eles em breve. Isso porque, o mercado de minicontratos futuro está em expansão e vem atraindo cada vez mais os olhares ambiciosos dos investidores de perfis variados.

A razão é simples: através dele é possível aplicar em índices e moedas importantes dentro do mercado financeiro, como dólar americano, por exemplo. Logo, isso permite que o investidor seja capaz de diversificar a sua carteira.

Dessa maneira, visando ajudar quem deseja dar os primeiros passos nesse mercado, aqui você vai conferir o que são minicontratos, conferindo as principais informações sobre eles e quando são recomendados ou não. Veja!

O que são minicontratos?

Antes de compreender exatamente do que eles se tratam, vale a pena entender sobre os contratos futuros de forma ampla. Basicamente, esses contratos futuros representam um compromisso futuro de compra ou de venda de uma determinada quantia de um produto ou ativo financeiro em uma data futura e por um preço estabelecido previamente.

Assim, o produto ou ativo envolvido nessa negociação é denominado de ativo subjacente, podendo ser de diversas naturezas. Por essa razão, existem contratos futuros variados, como:

  • Agrícolas (milho, soja, açúcar);
  • Commodities metálicas (ouro);
  • Moedas (dólar, iene, euro);
  • Índices de ações (Ibovespa).

Dessa maneira, as operações realizadas com contratos futuros acontecem na Bolsa de Valores, sendo eles padronizados. Com isso, os investidores possuem a certeza de estarem negociando exatamente o mesmo produto ou serviço e nas mesmas condições.

Mas e os minicontratos?

Agora que você sabe esse conceito inicial, compreender o que são minicontratos se torna mais fácil. Afinal, eles se tratam de frações de um contrato futuro e assim permitem o acesso de mais investidores a esse mercado.

No caso do contrato futuro da Ibovespa, por exemplo, ele tem um valor de R$ 1 para cada ponto do índice. Logo, quando ele está em 120.000 pontos, o contrato futuro tem valor de R$ 120.000,00. Entretanto, há um detalhe: os futuros do índice são negociados em lotes de 5 contratos, ou seja, R$ 600.000,00

Por sua vez, o minicontrato de Ibovespa tem um custo de R$ 0,20 por ponto e o lote padrão mínimo é de apenas 1. Sendo assim, se torna bem mais simples negociá-lo. No exemplo acima, por exemplo, se a Ibovespa estiver com 120.000 pontos, é possível comprar um lote por R$ 24.000,00.

Assim sendo, ela exige um capital menor do que a aplicação em contratos cheios. Portanto, para começar a investir você precisa de um capital menor. Com relação a quantidade mínima, ela é negociada. Caso esteja em busca de uma exposição menor, os minicontratos são excelentes opções.

Diferença entre contratos cheios e minicontratos

Para investir no mercado futuro é preciso compreender as diferenças entre os contratos cheios e os minicontratos. De forma direta, o objetivo de ambos os investimentos é o mesmo. Contudo, eles apresentam características diferentes.

Os contratos cheios têm como quantidade mínima a ser negociada de 5 contratos do produto escolhido. Logo, esses ativos são voltados para empresas, produtores e investidores mais experientes, uma vez que o custo é bem mais elevado.

Em contrapartida, os minicontratos são mais acessíveis, tendo uma exposição de risco menor e, por consequência, uma margem menor também. Caso o seu interesse seja em aplicar em dólar futuro com menor uso de capital, eles são excelentes investimentos.

Vantagens de investir em minicontratos

Mas afinal, quais são as vantagens de investir em minicontratos? Diversas, veja abaixo as principais:

  • Alta liquidez – os minicontratos apresentam ativos de alta liquidez, então é bem mais rápido para entrar e sair de operações desse tipo;
  • Diversificação – ao aplicar neles, você diversifica a sua carteira e vai além das aplicações na Bolsa de Valores;
  • Alavancagem – você pode alavancar as suas operações, pois é possível investir em mais capital do que possui em conta, aplicando assim o valor alavancado para faturar mais;
  • Flexibilidade – a negociação é realizada diretamente no home broker, o que significa que você pode adquirir o investimento sem sair de casa.

Existem riscos?

É claro que existem riscos em aplicar nos minicontratos, uma vez que eles se tratam de ativos da renda variável. Logo, você tem que se atentar a alguns detalhes importantes:

  • Risco de oscilação – decorre de expectativas, notícias ou qualquer fator externo;
  • Risco de alteração de margem – a Bolsa de Valores tem autonomia para alterar os valores exigidos a qualquer momento sem aviso;
  • Risco de ajustes diários – os minicontratos são precificados diariamente, o que significa que seus ativos podem registrar variações negativas.

Vale a pena investir em minicontratos?

Para entender se os minicontratos são interessantes ou não é preciso que você avalie o seu perfil de investidor. Afinal, como visto, existem riscos. Logo, é necessário entender se você está disponível ou não para se expor a eles. Além disso, o sucesso com contratos e minicontratos futuros está muito relacionado a um bom conhecimento do mercado, da economia e de suas tendências de modo a possibilitar apostar nas suas previsões.

Normalmente, esse tipo de aplicação tende a ser recomendado para os investidores de perfil moderado e arrojado, que estão mais dispostos a correr risco em troca de uma boa rentabilidade. Para os conservadores, não é aconselhado, visto que não atendem os objetivos desse perfil.

Conclusão

Os minicontratos nasceram com o intuito de atender o pequeno investidor, que não tem tantos recursos disponíveis ou que apenas deseja aplicar em lotes menores. Entretanto, não é uma aplicação financeira para todos, você precisa conhecer seu perfil de investidor para saber se ele atende as suas necessidades.